Sistema de disputa de pênaltis é injusto, segundo cientistas
Foram analisadas 2.820 cobranças em partidas entre 1970 e 2000.
Equipe que bate primeiro vence em 60% dos casos.
As cobranças de pênaltis no futebol dão uma vantagem psicológica à equipe que inicia as cobranças, de acordo com um estudo da London School of Economics and Political Science (LSE) divulgado nesta quinta-feira (16), no qual um dos autores sugere mudanças nas regras.
Os autores estudaram 2.820 cobranças em grandes partidas nacionais e internacionais entre 1970 e 2000. Eles concluíram que a equipe que inicia as cobranças vence em 60% dos casos.
"A maior parte das redes de televisão faz um intervalo publicitário no momento em que a moeda é lançada para decidir qual equipe cobrará primeiro. Mas nossos pesquisadores mostram que isso pode ser o momento decisivo após uma partida empatada", explicou Ignacio Palacios-Huerta, um dos coautores do estudo, publicado pela "American Economic Review".
"A moeda dá uma vantagem de 20% à equipe que cobra primeiro. A pressão psicológica ligada ao fato de cobrar depois afeta claramente o desempenho da equipe que perde no cara-ou-coroa", acrescenta.
Palacios-Huerta e o outro coautor Jose Apesteguia, professor associado da Universidade Pompeu Fabra de Barcelona, também estudaram os vídeos de cara-ou-coroa de 20 partidas. Em todos os casos, à exceção de apenas uma, a equipe ganhadora opta por cobrar primeiro.
Eles também consultaram 240 jogadores e treinadores profissionais e amadores.
Quase todos declararam que preferiam cobrar primeiro explicando que queriam aumentar a pressão sobre o adversário.
Levando-se em consideração os resultados, Palacios-Huerta, professor da LSE, sugere aos dirigentes do futebol mundial que mudem as regras atuais e adotem no lugar um sistema de 'tie-break' inspirado no tênis, no qual os jogadores podem cobrar duas vezes seguidas.
"Isso reduziria muito a vantagem psicológica que beneficia o 'primeiro cobrador', já que a segunda equipe não ficaria tão pressionada", considera, acrescentando: "Não apenas seria mais justo, mas seria muito mais interessante para os torcedores neutros".
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"A maior parte das redes de televisão faz um intervalo publicitário no momento em que a moeda é lançada para decidir qual equipe cobrará primeiro. Mas nossos pesquisadores mostram que isso pode ser o momento decisivo após uma partida empatada", explicou Ignacio Palacios-Huerta, um dos coautores do estudo, publicado pela "American Economic Review".
"A moeda dá uma vantagem de 20% à equipe que cobra primeiro. A pressão psicológica ligada ao fato de cobrar depois afeta claramente o desempenho da equipe que perde no cara-ou-coroa", acrescenta.
Palacios-Huerta e o outro coautor Jose Apesteguia, professor associado da Universidade Pompeu Fabra de Barcelona, também estudaram os vídeos de cara-ou-coroa de 20 partidas. Em todos os casos, à exceção de apenas uma, a equipe ganhadora opta por cobrar primeiro.
Eles também consultaram 240 jogadores e treinadores profissionais e amadores.
Quase todos declararam que preferiam cobrar primeiro explicando que queriam aumentar a pressão sobre o adversário.
Levando-se em consideração os resultados, Palacios-Huerta, professor da LSE, sugere aos dirigentes do futebol mundial que mudem as regras atuais e adotem no lugar um sistema de 'tie-break' inspirado no tênis, no qual os jogadores podem cobrar duas vezes seguidas.
"Isso reduziria muito a vantagem psicológica que beneficia o 'primeiro cobrador', já que a segunda equipe não ficaria tão pressionada", considera, acrescentando: "Não apenas seria mais justo, mas seria muito mais interessante para os torcedores neutros".
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